"Antes havia debates para ver quem tinha razão. Hoje, todos têm razão e ai daquele que criticar tendências em nome de critérios e paradigmas seculares da arte. A inteligência foi substituída pela sacralização da irrelevância massificada; a própria ideia de 'estética' é considerada por muitos como individualismo neoconservador, autoritário, produzindo parâmetros repressivos. A libertação da tutela dos chamados 'maîtres à penser', dos seres que nos guiavam orgulhosamente para algum Sentido foi uma coisa boa, mas abriu as portas para um vale-tudo formal que desqualifica qualquer tentativa de crítica literária, vista como um ataque contra a liberdade da estupidez."
Arnaldo Jabor
(Em sua coluna de 27/03/2012 no Estadão)