sexta-feira, 2 de março de 2012

O que não se pode tolerar

"Trata-se de um princípio geral: o que não se deve suportar é o recalque do sujeito. Pertenço a uma geração que sofreu demais com a censura do sujeito: quer pela via positivista (objetividade requerida na história literária, triunfo da filologia), quer pela via marxista (muito importante, mesmo se isso não aparece mais em minha vida). Pois mais valem os logros da subjetividade do que as imposturas da objetividade. Mais vale o imaginário do sujeito do que sua censura."

Roland Barthes
(Em "A Preparação do Romance", vol I, trad. Leyla Perrone Moysés, Martins Fontes 2005, pg 4)