quarta-feira, 21 de março de 2012

Em conserva

"Parece-me sempre sinistro ouvir dizer de um 'velho', com admiração, que ele está conservado, que ele continua a fazer o que fazia (por exemplo, jogar tênis, fazer seu passeio, ou o amor, como Victor Hugo); continuar não é um ato de vitalidade; o que a velhice requer, quando pode, é precisamente uma ruptura, um começo, uma vida nova".

Roland Barthes
(Em "A Preparação do Romance", vol II, trad. Leyla Perrone Moysés, Martins Fontes 2005, pg 181)