sábado, 19 de fevereiro de 2011

A fronteira entre o céu e o mar

"Imagino uma vasta extensão de mar varrida por uma garoa fina. Sou um navegante solitário em pé no convés, e ela é o mar. O céu se reveste de uniforme tonalidade cinza e lá, bem adiante, se junta com o mar, que também está cinzento. É muito difícil distinguir céu de mar. Ou o próprio navegante do mar. Ou as coisas reais das imaginárias."

Haruki Murakami
("Kafka à Beira-mar", Trad. Leiko Gotoda, Alfaguara 2010, pg 33)