"Os mundos novos têm de ser vividos, mais do que explicados. Aqueles que aqui vivem não o fazem por convicção intelectual; acreditam, simplesmente, que a vida suportável é esta e não a outra. Preferem este presente ao presente dos fazedores do Apocalipse. O que se esforça para compreender muito, o que sofre as aflições de uma conversão, o que pode alimentar uma ideia de renúncia ao abraçar os costumes daqueles que forjam seus destinos sobre este pântano original, em luta travada com as montanhas e as árvores, é homem vulnerável porque certas potências do mundo que deixou para trás continuam atuando sobre ele."
Alejo Carpentier
("Passos Perdidos", trad. Marcelo Tápia, Martins Fontes 2009, pg 296)
("Passos Perdidos", trad. Marcelo Tápia, Martins Fontes 2009, pg 296)